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domingo, 29 de julho de 2012

3º Capítulo


Zayn e Débora, permaneceram de testas coladas, narizes e bocas a milímetros de distância durante alguns segundas enquanto um enorme silêncio se instalava por toda a sala.
Encontravam-se ali, os dois sozinhos naquela divisão da casa Malik, com uma distância de lábios consideravelmente perigosa. Não seria perigosa se aquela fosse uma situação normal, em que eles se sentem ambos como irmãos um para o outro e em que tudo está mais ou menos bem. Mas não, ali, naquele momento, ambos estavam a ferver por dentro, várias sensações passeavam por dentro de ambos. Sentiam certos nós no estomago.
Foi ali, naquele segundo, sem pensar que Zayn perdeu a cabeça e colou os seus lábios num beijo. Aquele não foi um beijo normal, não daqueles que eles costumam dar enquanto amigos. Aquele foi um beijo com emoção, com sentimento, com desejo. Ali, ambos se desejavam um ao outro sem sequer perceberem porquê. Um sentimento como aquele, eles nunca haviam sentido um pelo outro.
As mãos de Zayn, largavam agora o braço de Débora e dirigiam-se apressadamente para a sua cintura, puxando assim as suas ancas com uma certa euforia. Já as mãos de Débora, encontravam-se a puxar excitadamente o cabelo de Zayn enquanto desfrutava daquele beijo, beijo aquele que nunca havia sentido nada igual.
Depois de Débora ter aberto a boca para dar passagem à língua de Zayn que agora se encontrava numa dança desejosa e eufórica com a dela, as coisas começaram a aquecer. Ele sentia o seu corpo a arder totalmente por dentro. De tantas outras raparigas que ele já havia beijado, de tantas outras raparigas bonitas, e com corpos de fazer inveja que ele já havia tocado, nunca sentira nada assim, nunca sentira nada igual ou melhor do que aquele momento com a sua melhor amiga o estava a fazer sentir. Já Débora, encontrava-se perdida, mas perdida no paraíso. Aquele era um sentimento novo, eram sensações novas para ela, totalmente novas, e gostava disso, completamente.
As mãos de Zayn começaram a subir pelo tronco de Débora e as dela começaram a descer pelo rosto dele. Tudo aquilo teria continuado, todas aquelas novas e boas sensações para Débora teriam dado lugar a algo mais comprometedor, se Patrícia não tivesse interrompido.
- Zayn! Débora! Onde estão?! – gritou do seu quarto no andar de cima.
Após ouvirem o grito de Patricia, ambos voltar ao dito mundo real e num ápice se separaram.
Zayn, atrapalhado recompôs o seu cabelo que havia ficado despenteado pelas mãos de Débora, e esta baixou a sua blusa, que ele havia subido com as mãos.
- Ah, estão ai. Estou pronta, podemos ir. A mãe? – perguntou Patricia.
- Ahm…eu não vou.
- Ai não? – os gêmeos perguntaram em uníssono.
- Não…tenho que ir para casa. Decidi seguir o conselho do Zayn e a minha mãe deve de estar preocupada. – Débora respondeu atrapalhada.
- Fazes bem…- Zayn respondeu coçando a cabeça. Ambos ainda estavam confusos e de certo modos envergonhados com o que se havia passado segundos antes – Nós levamos-te. MÃE!!
- Não! Digo, não é preciso, eu vou a pé, não é assim tão longe. – dirigindo-se até à porta.
- Hey! Onde vais menina? – perguntou Trisha, mãe do Zayn, assim que chegou à sala.
- Vou para casa Trisha, a minha mãe deve de estar preocupada comigo.
- Tudo bem, acho que fazes bem. Mas, não vais a lado nenhum sozinha. Eu levo-te.
- Não precisa, não quero dar trabalho.
- Oh, por amor de Deus. Até parece Débora.
- Tudo bem.
- Então e vocês, sempre vão ao shopping?
- Eu ia por causa da Debby, para irmos dar uma volta, mas sendo assim já não vale a pena, ainda por cima com este tempo. – Zayn respondeu.
- Sim, concordo. Logo vamos noutro dia. Adeus Debby, até a amanhã. – Patricia despediu-se da amiga do irmão e foi para o seu quarto.
- Vamos?
- Sim.
Os três saíram de casa e dirigiram-se para a garagem. Entraram no carro de Trisha e seguiram caminho até à casa de Débora. Todo aquele percurso foi feito em silêncio.
Zayn que ia no lugar do pendura ao lado de sua mãe, de vez em quando olhava para Débora que se encontrava no banco de trás da sua mãe, quando ela ia a olhar para a janela, mas cada vez que ela se virava, ele desviava o olhar.
Vários pensamentos invadiam a mente confusa de Zayn. Sim, ele estava confuso, confuso com tudo o que se havia passado há minutos atrás na sua sala, com a sua melhor amiga, aquela que ele considerava como uma irmã. Por momentos, ele começou a imaginar como seria a sua vida ao lado dela, não como melhor amiga apenas, mas sim como sua namorada, como aquele que ele amaria e que o amaria.
- Aff  Zayn! O que é que estás para ai a pensar! – pensou para si enquanto abanava a cabeça num gesto negativo como para afastar aqueles pensamentos absurdos.
Débora? Bem, ela estava também confusa, mas não em relação aos seus sentimentos, porque na verdade, ela era apaixonada por ele, sempre fora e sabia disso. Ela estava era confusa, em relação ao que sentiria ele por ela. Mas bem, provavelmente aquilo teria sido apenas um impulso de momento.
Passados uns dez minutos de caminho, pararam em frente ao portão da casa de Débora.
- Bem, chegámos. – afirmou Trisha.
- Muito obrigada, por tudo. Mande cumprimentos meus ao senhor Malik e as outras meninas, que nem as vi hoje. – Débora disse enquanto saia do carro.
- Obrigada linda, serão entregues. E manda cumprimentos aos teus pais e ao teu irmão.
- Serão entregues, até amanhã! – disse ao fechar a porta do carro e em seguida dirigiu-se para o seu portão, mas sem sequer dar por isso, foi agarrada pela cintura.
- Hey, onde pensas que vais sem te despedires de mim? – Zayn perguntou, dando-lhe um beijo na face.
- Desculpa…
- Está tudo bem…aquilo que se passou à bocado, foi apenas um impulso de momento…certo? – disse e mordeu o lábio em seguida, um tique que ele tinha desde criança.
- Sim, claro.
- Mas olha, sobre aquele assunto, nós ainda vamos ter que falar, minha menina.
- Oh! Tudo bem…Vá, agora vai lá, a tua mãe está à espera.
- Até amanhã, mais logo ligo-te. – deu-lhe um beijo na testa e foi para o carro enquanto lhe acenava.
Assim que o carro partiu, Débora abriu o portão, subiu os dois pequenos degraus até a porta e em seguida entrou, fechando-a atrás de si e encostando-se suspirando.

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