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sábado, 1 de dezembro de 2012

32º Capítulo



Assim que chegaram a casa de Zayn, este colocou o cachorro no chão que logo em seguida percorreu a casa contente.
- OH MEU DEUS! – um berro da pôde ser ouvida da cozinha – ZAYN!
- É impressionante como já sabem que sou eu. – Zayn afirmou rindo sendo acompanhado por Débora.
- Claro, és só tu que fazes asneiras. – Débora disse rindo.
Os dois seguiram para a cozinha e assim que entraram na divisão, depararam-se com Trisha agachada a dar mimos ao animal. Era impossível não o adorar, era uma criatura tão amável e meiga.
- Podemos ficar com ele mãe? – Zayn perguntou fazendo olhar de cãozinho abandonado.
- Mas…- Trisha tentou inventar um pretexto para não lhe fazer todas as vontades, mas era impossível dizer não a um pedido daquelas – Aposto que o teu pai não vai gostar da ideia.
- Porque não? Ele gosta de animais e para além do mais, ele praticamente não pára em casa.
- Só tu Zayn! – ela afirmou tentando parecer séria, mas era impossível quando se tinha um animal fofo a tentar trepar pelas suas pernas – Já lhe arranjas-te um nome?
- Ainda não tinha pensado nisso.
- Então pensa depressa, pois convém levá-lo ao veterinário para tratar das vacinas e tudo isso.
- És a maior mãe! – gritou contente e abraçou-a – Debs…baptiza-o.
- Eu? – Débora perguntou confusa – Porquê eu?
- Porque eu estou a pedir e porque de certa forma ele também é teu. Ele escolheu-nos para sermos o dono dele.
Débora sentiu-se feliz ao ouvir tal afirmação, muito feliz.
- Hum…eu diria…Boris! – Afirmou de repente.
- Boris? Parece-me bem, muito bem! Que achas mãe? – Zayn perguntou.
- A mim parece-me perfeito.
- Está decidido. Boris – Zayn pegou no cão e fez-lhe uma festa – Sê bem-vindo à família!
Os três continuaram ali na cozinha durante alguns minutos a acarinhar o cão, o novo membro da família.
- Bem mãe, nós vamos continuar a dar o nosso passeio. Não devemos de vir almoçar. Vou aproveitar para comprar algumas coisas para o nosso novo membro da família. – Zayn informou – E Já agora, dá-lhe algo para comer, ele parecia faminto.
Trisha abanou a cabeça afirmativamente. Zayn e Débora despediram-se dela e do animal e voltaram a sair.
Mais uma vez, não tinham um lugar especifico para ir. A hora do almoço estava perto e por isso, decidiram que assim que tivessem fome e passassem por algum local acolhedor, parariam.
Andaram pelo menos uns quinze minutos até que encontraram alguém que não esperavam encontrar.
- Geneva? Por aqui? – Zayn perguntou surpreso cumprimentando a rapariga. Débora sentiu um enorme nó no estômago.
- Zayn! Oh meu deus, que surpresa. – afirmou sorrindo e olhando para Débora com desdém – Olá Débora.
Débora não lhe respondeu, em vez disso ela simplesmente fingiu que não ouvira e tentou ignorar a conversa deles.
- Que andas a fazer por aqui sozinha? – Zayn perguntou curioso.
- Nada sinceramente. Estava por casa sem nada para fazer e decidi vir dar uma volta, já que houve alguém que decidiu não aceitar o meu convite porque tinha outros planos. – brincou e Zayn riu.
Débora percebera o que ela quis dizer e sorriu interiormente por se aperceber que Zayn recusara um convite de Geneva para poder estar com ela.
- Então e vocês, que andam a fazer?
- Bem, nós andamos a passear e agora estávamos a pensar ir almoçar, ainda não sabemos bem onde. – Zayn respondeu sorridente.
- Sério? Eu também ia agora almoçar. Estava a pensar ir ali ou ao McDonalds ou então ao Burger King, porque não vêm comigo? – Geneve perguntou sorridente e olhando directamente para Débora.
Ela percebera perfeitamente o que Geneva quisera insinuar com aquela questão.
- Não é preciso, muito obrigada. Nós vamos comer a um sítio mais saudável. – Débora manifestou-se pela primeira vez.
- Então Debs? Não é preciso seres assim. – Zayn repreendeu-a pelo modo como ela tinha falado.
- Não tem problema Zayn, fica para a próxima. – Geneva falou fazendo-se de santa.
- Não, ora essa. Nós vamos contigo sim, uma vez não são vezes. – Ele afirmou fazendo Geneva sorrir de vitória e fazendo Débora soltar um suspiro de irritação.
Contra vontade de Débora, os três seguiram caminho para o McDonalds que se encontrava a apenas poucos passos dali.
O local estava praticamente cheio, ainda assim eles conseguiram uma pequena mesa junto ao balcão de atendimento.
- Vão vocês pedir, que eu fico a guardar o lugar. – Débora afirmou.
- Então e tu, não pedes? – Zayn perguntou-lhe.
- Eu peço depois. – Ela respondeu e assim Zayn e Geneva foram fazer os seus pedidos.
Para Débora, o dia havia começado da melhor maneira, não tinha duvidas disso, mas agora, agora que Geneva, a pessoa que ela tinha a certeza que ODIAVA com todas as suas forças aparecera, o seu dia acabava de se tornar num lixo.
Cinco minutos, foi o tempo que Zayn e Geneva demoraram para voltar para perto de Débora e com os seus pedidos.
- Tua vez de pedir o comer. – Zayn afirmou e em seguida beijou a sua testa.
Débora levantou-se e foi até ao balcão. A sua vontade de comer era mínima e o seu estomago doía só de pensar em comida. Queria chorar, queria gritar que não iria comer. Infelizmente, ela não poderia fazer isso, não na frente de Zayn. Ela saberia que se se recusasse a comer que ele iria massacrá-la para todo o sempre. Pediu algo leve, uma simples salada e uma garrafa de água. Após ter o seu pedido em mãos, voltou para perto deles.
- Só vais comer isso? – Geneva perguntou-lhe olhando a sua comida – Isso não é quase nada, deverias de comer mais.
Débora sabia e muito bem o joguinho que Geneva estava a tentar fazer.
- A Geneva tem razão Debs, só comes isso? – Zayn perguntou-lhe.
- Sim, algum problema? –Débora perguntou irritada.
- O que é que se passa? Porque é que estás a falar assim? – Zayn perguntou-lhe incrédulo.
- Não se passa nada.
- Ela não gostou que eu tenha vindo almoçar com vocês. – Geneva afirmou – Desculpem, se calhar é melhor eu ir-me embora. – fez-se de vitima.
- Não! Nem pensar nisso Geneva! Débora fazes o favor de deixar de ser criança? A Geneva não te fez mal nenhum! – Zayn falou visivelmente chateado.
- Mas eu por acaso disse alguma coisa? Ela é que está ai a dizer coisas. – Afirmou sem paciência e levou o ultimo pedaço de salada à boca – Se me dão licença, vou à casa de banho! – disse com um visível tom de irritação e saiu em direcção ao WC.
Assim que chegou ao quarto de banho, Débora debruçou-se sob os lavabos e olhou-se ao espelho. Achava-se cada vez mais gorda, cada vez mais feia fisicamente, cada vez mais suja. Sentia que alguém, alguma vez fosse incapaz de a amar da maneira que ela amava Zayn. Um nó gigantesco formou-se no seu estomago dando-lhe uma imensa vontade de deitar tudo o que comera cá para fora. Sem pensar duas vezes, a jovem correu para um dos compartimentos sanitários, fechou a porta e ajoelhou-se junto à sanita.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

31º Capítulo




Débora acabou de tomar o seu banho relaxante e enrolou-se na toalha. Dirigiu-se para o quarto e ouviu o som da campainha. Fosse lá quem fosse, a sua mãe já havia aberto a porta.
Ia a retirar a toalha do seu corpo, quando ouviu alguém bater à porta do seu quarto.
- Sim? – perguntou ajeitando a toalha.
A porta do seu quarto abriu-se e Débora pôde ver Zayn a entrar sorridente.
- Bom dia alegria! – felicitou-a ele, aproximando-se e abraçando-a apertado.
- Bom dia. Que fazes aqui tão cedo?
- É assim que se recebe o melhor amigo? – Zayn brincou fingindo-se de chateado e quebrando o abraço – Vim pedir-te para passares o dia comigo.
- Porquê? – perguntou sem se dar conta.
- Como porquê? Nunca precisei de motivo para te vir buscar para sairmos.
- Sim, eu sei…mas como agora tens a Geneva. – desabafou por fim.
- Ui, isso é tudo ciúmes? – brincou abraçando-a pela cintura e beijando a sua face.
- Não, claro que não. Só pensei…
- Mas pensaste mal. Tu és a minha menina, eu amo-te e vou sempre amar…irmã. – afirmou, custando-lhe dizer a última palavra, assim como custou a Débora ouvi-la.
- Eu também…
- Então, passas o dia comigo ou não?
- E isso pergunta-se?
- Essa é que é a minha Debs! – gritou contente pegando nela ao colo.
- Zayn põe-me no chão! A toalha vai cair!
- E depois? Não vai mostrar nada que eu nunca tenha visto. – afirmou rindo e pousando-a no chão.
Zayn sentou-se na cama de Débora enquanto ela se vestia.
Apesar de Zayn já a ter visto totalmente nua, Débora sentia-se envergonhada ao estar ali, assim sem qualquer tipo de roupa, enquanto ele a observava da cabeça aos pés.
- Importaste de parar? – Débora pediu-lhe colocando o soutien.
- O quê?
- De me olhar assim!
- Que tem? Estou a apreciar-te, não posso? – brincou, mas a verdade que Débora não sabia, era que ele estava de facto a apreciá-la. – És linda.
- Pára com isso. – disse corando e colocando o resto da roupa.
- Vá, despacha-te para irmos embora. Zayn pediu.
Assim que acabou de se vestir, calçar, pôr desodorizante, perfume e tudo mais, avisaram Alice e saíram.
Como Zayn ainda não tinha carro, tiveram que ir a pé, o que até não era mau, pois para além do tempo estar razoável, também lhes sabia bem passear ao ar livre. Não tinham um lugar especifico para ir, não precisavam de ter, bastava estarem juntos e qualquer local era bom.
Andaram uns três quilómetros a pé e fizeram uma pausa, pois Débora já se encontrava cansada e sem fôlego.
- Então, já cansada pequena? – Zayn perguntou-lhe e Débora abanou a cabeça afirmativamente- Fraquinha! – brincou.
- Fraquinha? Tu também estás ai todo suado. – ela defendeu-se.
- Oh mas isso é porque sou homem e Homem que é Homem soa. – afirmou fazendo ar de machão e Débora riu com tal atitude.
- És tão parvo! – disse rindo, dando-lhe uma pequena chapada no braço.
- Ai, Ai! Já tinha saudades disto. – confessou Zayn sentando-se num banco que se encontrava próximo deles. Fazendo um gesto com a mão, pediu para que Débora se sentasse no seu colo.
- Estou muito pesada Zayn, vou aleijar-te. – ela afirmou aproximando-se dele. Zayn ignorando o comentário daquela que amava, quando viu que ela estava suficientemente perto dele, puxou-a pela cintura e sentou-a no seu colo.
Débora sentiu-se feliz, radiante por de certa forma ele ter aquelas atitudes, pois isso demonstrava o quanto ele gostava dela e que odiava ouvi-la dizer aquelas coisas.
Porém, aquilo que ela dissera, era aquilo que ela achava na realidade. Sentia-se cada vez mais gorda e cada vez mais triste com a sua aparência. Todos os dias se torturava por isso e sofria, sofria muito.
Mas naquele momento, nada disso importava, não agora, não enquanto ela estivesse com ele.
Débora encostou a sua cabeça no peito de Zayn que em seguida começou a fazer-lhe caricias no cabelo e no rosto.
Ambos sentiam imensa falta de momentos como aquela. Alguns minutos naquela posição, bastaram para que ambos entrassem num clima mais quenta e estranho, porém um clima que os fazia sentirem-se bem, muito bem.
O rosto de Zayn começou agora a descer em direcção de Débora, que ao mesmo tempo levantava o seu em direcção ao dele. Quando os seus lábios já se encontravam prestes a tocar-se, Zayn sentiu algo tocar na sua perna e num gesto repentino e assustado, afastou o seu rosto do de Débora, que assustada com tal gesto saiu do seu colo.
- Oh meu deus! Que coisa mais fofa! – ela afirmou ao deparar-se com um pequeno cachorro que apoiava a pata na perna de Zayn e batia a cauda contente.
- Coisa fofa que me pregou um susto! – Zayn confessou rindo e fazendo uma pequena caricia na cabeça do animal que se encolhe para desfrutar do gesto.
- Que andas aqui a fazer sozinho pequenino? – Débora baixou-se e começou a falar com o animal como se ele fosse um bebé.
- Provavelmente foi abandonado ou já nasceu na rua. Dono não deve de ter.- Zayn disse.
- Parece estar faminto. Tens fome, não tens pequenino? – Débora perguntou de  novo com voz de bebé e o cão bateu a cauda – Adorava poder levá-lo para casa.
- Talvez não seja uma má ideia! – Zayn afirmou de repente.
- O quê? A minha mãe não iria deixar , seria mais uma despesa e o Kevin é alérgico ao pêlo.
- Não tonta! Eu, eu posso levá-lo. A minha mãe e irmãs sempre quiseram ter um cão e aposto que o meu pai não se importaria.
- A sério? Isso seria óptimo.
- Sim! Anda, vamos levá-lo até minha casa e falamos com a minha mãe. Quando ela o vir, não conseguirá dizer que não.
Zayn pegou no pequeno cão ao colo, que em seguida lhe lambeu todo o rosto e em seguida, os três seguiram caminho para casa dele.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

30º Capítulo



Assim que fechou a porta de casa, Débora deparou-se com a sua mãe a dormir no sofá. Respirou fundo. Não a queria acordar, mas também não queria deixá-la ali, a dormir numa má posição.
Devagar caminhou até ela e ao de leve tocou-lhe no ombro.
- Mãe. – sussurrou ao ouvido da sua mãe.
- Já chegaste filha. – Alice constatou, abrindo os olhos devagar.
- Sim mãe, já cheguei. Vai para a cama. – Débora afirmou, dando um beijo na testa dela.
- Eu vou já meu amor. Sentes-te bem? – Alice perguntou após ver a filha cambalear.
- Sim mãe, foi só uma tontura, bebi um bocadinho demais. – Débora disse sem pensar.
- Bebeste um bocadinho demais? – Alice perguntou assustada, levantando-se do sofá num pulo – Como assim? Tu nunca bebes, nunca bebeste!
- Eu sei mãe, mas há uma primeira vez para tudo, e hoje apeteceu-me. – afirmou indelicadamente e abandonou a sala, deixando a sua mãe sozinha, assustada e surpreendida no sofá.
Fechou a porta do quarto com força sem sequer pensar que poderia acordar o seu irmão mais novo, que dormia no quarto ao lado.
Dirigiu-se até à sua cama. Levantou o colchão com algum esforço e retirou um x-acto que se encontrava escondido lá debaixo.
Após ter ido parar ao hospital por quase ter posto fim à sua vida, os seus pais esconderam tudo o que pudesse ser perigoso para ela. Mas, o que ninguém sabia, era que ela tinha aquela arma branca ali escondida, já para o caso daquilo acontecer.
Baixou o colchão e sentou-se na cama. Esticou o braço para a frente e abriu o x-acto.
Um corte, uma lágrima, dois cortes, outra lágrima, três cortes e começou a chorar.
Débora sabia que aquilo não estava certo de todo, mas naquele momento, era a única coisa que parecia capaz de parar aquela dor profunda que sentia dentro de si.
Os cortes eram menos profundos que os da última vez, mas um paço em falso, e a sua vida poderia acabar ali. Não que ela não tivesse vontade de acabar com tudo aquilo, mas ainda haviam pessoas que precisavam dela, a sua mãe, o seu irmão, aquele que era o seu principezinho, mas aos seus olhos, aquele que ela tanto amava, já não precisava dela para nada, pois agora tinha Geneva.
Após esse pensamento, um corte um pouco mais profundo seguido por um gemido de dor, surgiu.
A dor ainda não havia passado, nunca iria passar, mas Débora já estava cansada e com sono.
Pousou o x-acto em cima da cama, abriu a gaveta da cómoda e retirou um lenço. Limpou o pouco de sangue que continha nos seus braços e no objecto, voltou a levantar o colchão e escondeu ambas as coisas.
Estava fraca, sem forças, os seus pulsos doíam e a sua cabeça latejava. Sem pensar duas vezes, atirou-se para cima da cama e depressa adormeceu.
Zayn, assim que chegou a casa, mandou uma mensagem a Geneva.

“Olá linda. Só para agradecer e dizer que me diverti imenso esta noite. Temos que repetir e terminar o que estávamos a fazer. Dorme bem, beijo xx”

Apesar do seu coração pertencer a Débora, Zayn não podia negar que Geneva mexia com as suas hormonas. Era bonita, inteligente e divertida, que mais poderia ele pedir? E ao que parecia, ela também estava bem interessada nele.
Na manhã seguinte, Débora acordou com uma tremenda dor de cabeça e uma certa indisposição. Porém, sentia-se mais aliviada, mais relaxada e suave. Tivera um sonho ao qual não sabia explicar, mas fizera-a perceber, que talvez a ida dela para Portugal fosse o melhor para todos, principalmente para Zayn, que assim poderia ficar com Geneva à vontade.
Uma vontade incomum de vomitar apoderou-se dela, fazendo-a levantar-se num ápice e correr para a casa de banho. Sentia-se completamente sem forças e o alívio que antes sentia desaparecera num abrir e fechar de olhos.
A verdade era que não se conseguia imaginar a viver longe dali, longe dele, sem ele…
Não percebia a razão pela qual a vida só lhe proporcionava sofrimento ultimamente, era uma pergunta à qual não obtinha qualquer tipo de resposta. Porém, a vida também não lhe permitia fugir dela.
Debruçou-se sob a pia e tal como na discoteca, deitou todo para fora. Cinco minutos se passaram, e Débora parou, parou para pensar o rumo que a sua vida estava a tomar.
Fosse de que maneira fosse, ela sofria. A seu ver, nada de mal fizera ao mundo para merecer tal coisa. Pensava que talvez o futuro lhe reserva-se algo de bom, algo que ela realmente merecesse.
Levantou-se do chão, despejou o autoclismo e depressa decidiu que estava na altura de tomar um bom banho para relaxar.
Zayn acordou suado e sobressaltado. Tivera um pesadelo durante a noite, um pesadelo terrível e que ele não queria de todo que se tornasse realidade.
Levantou-se da cama e viu o seu telemóvel piscar. Agarrou no dispositivo móvel e no visor pôde ler “Uma nova mensagem de Geneva”.
No seu rosto, formou-se um belo e grandioso sorriso ao lembrar-se da noite anterior. Desbloqueou o telemóvel e leu a mensagem.

“Oi gato. Eu também me diverti imenso. E sim, temos que acabar o que começámos, que tal hoje de tarde? Beijo grande.”

Zayn começou a digitar sem pensar, e iria aceitar o convite sem hesitar, até o pesadelo que tivera lhe vir à cabeça.

“Bom dia. Eu de facto adoraria, mas esta tarde já tenho planos. Peço desculpa, fica para a próxima xx” 
Respondeu, e em seguida ligou para Débora.
Chamou uma vez, duas, três e ela não atendia. Zayn pensou que talvez ela ainda estivesse a dormir.
Decidiu tomar um banho, vestir-se e ir até casa da sua melhor amiga.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

29º Capítulo



Débora ainda estava sentada no chão da casa de banho, encostada à parede. Porém, as lágrimas já haviam cessado. Sentia-se mal disposta, provavelmente era da bebida. Decidiu levantar-se e sair dali, pois aquele cheiro a vómito na casa de banho estava a pô-la ainda mais indisposta.
Assim que saiu da casa de banho, foi até ao bar para ver se encontrava Patrícia ou Doniya.
Zayn ou Geneva, eram quem ela menos queria ver, pois provavelmente estariam a dançar os dois super divertidos. Mas, tal não foi o seu espanto, assim que chegou perto do bar e se deparou com aquela cena, aquela cena que praticamente acabou com o seu coração quase inexistente e lhe deu um enorme nó na garganta e uma enorme vontade vomitar.
Depressa, Débora correu para a casa de banho, abriu a porta de um dos compartimentos, pôs-se de joelhos no chão debruçando-se sob a sanita e deitou tudo o que havia consumido para fora.
Patrícia, que havia assistido a tudo de longe, fora a correr atrás dela.
- Debs! Debs! Estás bem? – perguntou agachando-se ao seu lado e agarrando no cabelo dela.
Débora não respondeu, simplesmente continuou a deitar tudo o que tinha e não tinha para deitar, cá para fora. Agora não era apenas a indigestão que a fazia vomitar, era tudo, tudo o que ela tinha guardado dentro de si, tudo o que ela acabara de ver, tudo aquilo que ela sentia.
Lágrimas começavam agora a brotar dos seus olhos, como sempre acontecia.
- Eu... não… aguento mais – disse e voltou a por tudo cá para fora.~
- Shh…não digas nada. – Patrícia pediu-lhe enquanto lhe tirava os cabelos da frente da sua cara. Ela estava a ficar cada vez mais preocupada com Débora e cada vez mais o seu coração se partia ao vê-la sofrer tanto. – Assim que te sentires…hum…melhor, vamos para casa.
Mais ou menos uns dez minutos depois, Débora parou de vomitar e sentou-se no chão encostada à parede a chorar. Patrícia repetiu o gesto e abraçou-a.
- Vai ficar tudo bem. – disse simplesmente e tal como Débora, lágrimas começaram a brotar dos seus olhos. – Vamos embora?
- Neste estado? – Débora perguntou baixinho.
- Não podemos ficar aqui para sempre.
- Eu não quero que o Zayn me veja assim.
- E não vai ver. Levanta. – Patrícia pediu enquanto se levantava e lhe esticava a mão para que ela fizesse o mesmo.
Débora levantou-se e Patrícia puxou-a até aos lavabos.
- Vá, toca a lavar essa cara, que eu vou fazer o mesmo. – disse largando a mão dela e abrindo a torneira.
As duas lavaram bem a cara com água fresca e olharam uma para a outra.
- Obrigada, por tudo. – Débora disse-lhe sem qualquer expressão aparentemente feliz.
- A amizade não se agradece. – Patrícia sorriu-lhe e depositou um beijo na sua testa. – Vamos?
- Vamos. – Débora respondeu e ambas saíram da casa de banho.
No bar, Zayn e Geneva, encontravam-se a falar daquilo que acabara de acontecer.
- Eu…nem sei que dizer. – Geneva disse simplesmente.
- Foi bom. – Zayn disse sorrindo.
- Também acho. – respondeu envergonhada.
- Eu gosto de estar contigo. Gostei do beijo e…não me importava de repetir. – Zayn foi sincero. Não, ele não se estava a esquecer de Débora, muito pelo contrário. De certa forma, ele estava a fazer aquilo para tentar esquecer aquilo que sentia por ela, aquele novo sentimento, que para ele, não era reciproco.
- Ora então, já somos dois. – Geneva afirmou, e desta vez foi ela que o beijou.
Este beijou foi menos desesperado que o outro, foi um beijo mais calma, suave.
- Hum hum! – Doniya interrompeu-os – Peço desculpa aos pombinhos. Viram a Patrícia e a Débora?
Tanto Zayn como Geneva, se sentiram incomodados e envergonhados com a interrupção da irmã mais velha dele, principalmente Geneva, após ouvir o nome de Débora.
- Não, eu nunca mais as vi desde que aqui chegámos. – Zayn afirmou mexendo no cabelo nervoso.
- Eu também nunca mais as vi.
- Olha! Estão ali! – Zayn disse apontando para a porta da casa de banho.
Débora e Patricia avistaram Zayn, Doniya e Geneva junto ao bar, ambas respiraram fundo e foram até eles.
- Vamos embora. Eu já liguei à mãe, ela deve de estar quase a chegar. – Patrícia disse assim que chegaram junto deles.
- Hã? Porquê? – Zayn perguntou.
- Porque…- Patricia começou mas não sabia bem o que dizer.
- Porque eu não me estou a sentir muito bem. – Débora afirmou.
- Mas estás bem Debs? – Zayn levantou-se da cadeira e foi até ela.
- Estou, só estou um bocado mal disposta.
- Hum...tudo bem. Sendo assim, vamos andando lá para fora.
Despediram-se da Geneva e foram andando para a rua.
Os dez minutos de espera foram passados em silêncio completo. Zayn não tinha coragem de falar com Débora, não que tivesse feito algo de mal, mas era estranho para ele, gostar dela e ter beijado Geneva, coisa que até tencionava repetir. E Débora, Débora não tinha nem coragem de abrir a boca, não depois de tudo aquilo que vira e de tudo aquilo que sentira.
Trisha chegou, entraram no carro em silêncio.
- Então meninos, como correu a vossa noite? – Perguntou Trisha.
- Correu bem. -  Doniya foi a única que respondeu.
- Então Débora, que carinha é essa?
- Só estou indisposta. – Débora respondeu sorrindo fraco.
- Mas sentes-te bem?
- Sim, sim. Só preciso de descansar.
- Tudo bem. Vais para casa ou ficas na nossa?
- Prefiro ir para casa, se não se importar. A minha mãe agora está lá sozinha com o meu irmão.
- Claro, tudo bem minha querida.
Zayn tinha vontade de abraçá-la, de fazê-la sentir-se melhor, mas por alguma razão não tinha coragem para isso, então deixou-se simplesmente ficar como estava.
O resto do caminho foi passado em silêncio por parte de todos.
Assim que chegaram à casa de Débora, ela despediu-se de todos de igual forma e saiu do carro.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

28º Capítulo



Já dentro da discoteca, enquanto Patricia e Débora se encontravam sentadas em frente ao balcão e Doniya tinha ido à casa de banho, Zayn dançava animadamente com Geneva.
Patricia lembrou-se da conversa que havia tido com ele naquela manhã e ao que parecera, ele próprio esquecera-se daquilo que havia dito.
Débora estava a sofrer tanto, o seu coração doía imenso, doía e ficava mais apertado a cada segundo que passava, a cada segunda que ela olhava para a frente e via aquela imagem, a imagem daquele que ela amava a dançar animadamente com aquela que a deitara a baixo sem pensar duas vezes e sem sequer a conhecer.
Há pouco mais de uma hora dentro da discoteca e Débora já estava mais do que farta, mais do que farta de vê-los ali, assim tão amigos, tão cúmplices, tão próximos.
- É uma vodka por favor! – pediu apressada virando a cadeira para o barman.
- Débora? – Patricia olhou-a surpreendida, pois Débora não era pessoa de beber fosse o que fosse que conte-se álcool.
- Que foi?
- Tu não bebes…
- Hoje bebo! – disse e em seguida agarrou no copo que o barman acabava de colocar à sua frente.
- Tens a certeza? – perguntou ainda olhando-a surpreendida.
- Absoluta! – afirmou e em seguida levou o copo à boca, bebendo o liquido todo de seguida. Após engolir arrepiou-se e fez uma careta – É mais um por favor! – pediu ao barman levantando o copo.
- O quê?! Estás maluca?
- O que foi? Eu vim aqui para me divertir e é isso que estou a fazer.
- Não, não é Débora.
- Por amor de deus, é só o segundo.
- O segundo para quem nunca bebeu nada disto!
- Há sempre uma primeira vez para tudo.
- Tu só estás a fazer isto para te distraíres deles e não pensares naquele que sentes por o meu irmão ou sequer pensares sobre teres que te ir embora.
Débora não respondeu, simplesmente agarrou no copo que o barman acabara de pousar e levou-o à boca fazendo exactamente o mesmo que anteriormente.
- Eu adoro-te e percebo que estejas a sofrer, mas beberes não é de todo o melhor remédio.
- Eu é que sei o que é o melhor remédio para mim ou não. – respondeu encolhendo os ombros e pedindo outra vodka em seguida.
Patricia olhou-a incrédula, levantou-se e afastou-se não acreditando no que acabara de ouvir.
Débora já estava a ficar alterada, pois já tinha bebido cinco copos de vodka quando se tentou levantar e sentiu o seu corpo quase perder as forças. Já não estava propriamente sóbria, mas ainda assim sabia que o que acabara de fazer era errado. Mas, que poderia ela mais fazer? Ficar ali sentada, a olhá-los até se cansarem de dançar e de se divertir e irem embora? Estava claro que não, pois se ela fizesse isso, o seu coração seria capaz de parar ali mesmo.
Com muito esforço, levantou-se e cambaleou até à casa de banho, abriu a porta e para seu contentamento, o compartimento encontrava-se vazio, mas provavelmente não por muito tempo.
Dirigiu-se até aos lavabos e olhou-se ao espelho. Estava péssima, a cara toda vermelha e cheia de calor. Para piorar a situação, uma enorme vontade de chorar apoderou-se dela. Odiou-se, odiou-se por sempre se sentir tão fraca, por sempre ter vontade de chorar por tudo e às vezes por nada. Abriu a torneira do lavatório, pôs as mãos em concha debaixo de água e levo-as à cara, na espectativa de se sentir mais sóbria. Foi em vão, pois a água não surgira efeito nenhum para além de refrescar a sua cara que há segundos se encontrava a ferver.
Ouviu a porta a abrir-se e tal não foi o seu espanto quando viu Geneva a entrar de rompante.
- Olá querida, estás bem? – perguntou-lhe Geneva forçando um sorriso.
- Escusas de te fazer de falsa para mim, porque eu sei muito bem como és! – Débora disse tentado parecer o mais sóbria possível.
- Apanhaste-me! – confessou aproximando-se dela – Gorda, é bom que saibas que vais ter que me aturar pelo resto da noite e da tua vida! Pois o Zayn, vai ser meu!
- Tu não o mereces. – Débora disse simplesmente, tentando com que as palavras de Geneva não entrassem tão erosivas na sua cabeça.
- Ai não? Então diz-me lá, quem é que o merece? Tu, uma gorda feia e afronta ao ser humano? – gargalhou – Deixa-me rir.
Débora teve vontade de espancá-la ali mesmo, mas infelizmente as poucas forças que tinha não a permitiram fazê-lo, não lhe permitiram fazer nada mais do que chorar, tudo aquilo que ela sempre fazia  e tudo aquilo que ela sempre odiava não puder controlar.
- Bem me parecia que não. Chora para aí e vive a tua “bebedeira”, enquanto EU me vou divertir com o Zayn. – Geneva afirmou rindo e saindo em seguida.
Débora não podia acreditar que houvesse gente tão má e sem escrúpulos na terra, não podia mesmo. Devido ao exagerado consumo de álcool, o choro parou-lhe subitamente, dando lugar a uma enorme gargalhada, não uma gargalhada forçada, mas uma gargalhada bem dada, com vontade, vontade essa que Débora nem se deu conta de onde vinha, ela só sabia que lhe apetecia rir. E riu, riu sozinha até cair sentada no chão e deixar que novas lágrimas invadissem o seu rosto novamente.
Enquanto isso, Zayn encontrava-se sentado em frente ao bar a beber algo para matar a sede.
Estava a divertir-se imenso com Geneva naquela noite, ela animava-o, fazia-o rir e sentir-se bem, mas ainda assim, ela não era Débora, a sua melhor amiga, aquela que ele realmente amava. Ao pensar em Débora, lembrou-se de repente que  ainda não tinha estado praticamente tempo nenhum com ela naquela noite e odiou-se por isso, odiou-se por tê-la posto de parte.
A verdade, era que só conhecia Geneva há pouco mais de quarenta e oito horas, mas estava a gostar imenso de conhecê-la e de estar com ela. Era divertida, simpática e muito bonita, de certa forma ele sentia-se atraído por ela, mas depois, no seu pensamento, o nome Débora e a imagem dela vinham ao de cima.

“Were the best of friends
And we share our secrets
She knows everything that is on my mind
Lately somethings changed
As I lie awake in my bed
A voice here inside my head
Softly says”

A música “Why don’t you kiss her” de Jesse McCartney começou a tocar no telemóvel de uma rapariga que se encontrava sentada ao seu lado e fê-lo despertar dos seus pensamentos para o levar exactamente para outros.

“Why don't you kiss her
Why don't you tell her
Why don't you let her see
The feelings that you hide
She'll never know
If you never show
The way you feel inside”

Zayn riu, riu de tanto irónico que era daquela música estar a tocar precisamente naquele momento, naquele momento em que ele estava a ter aqueles pensamentos e riu ainda mais, de tão irónico que era da letra da música se adequar exactamente à situação, à sua situação, aos seus sentimentos, à sua história, à história dele e de Débora.
O toque de uma mão no seu ombro, fê-lo despertar do seu transe.
- Voltei. – Geneva afirmou sorrindo sentando-se ao seu lado.
- Hey! Então, estás a divertir-te? – Zayn perguntou-lhe sorrindo.
- Estou pois, ainda para mais contigo aqui. E, muito obrigada por ontem, precisava realmente de alguém com quem desabafar.
- Não agradeças, afinal de contas, somos amigos não é? E os amigos servem para isso. – afirmou e logo em seguida Geneva abraçou-o.
- Não me importava de ser algo mais. – Geneva sussurrou ao seu ouvido fazendo-o arrepiar por completo.
Aos poucos, quebraram o abraço e quando as suas faces se tocaram, Zayn num impulso, agarrou no rosto dela com as suas mãos e beijou-a, beijou-a sem pensar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

27º Capítulo



Um novo dia começava agora e Zayn já se encontrava a pé, mais do que acordado e super entusiasmado para a noite que o esperava.
No dia anterior após ter saído da casa de Débora, Zayn não havia mesmo ido ao supermercado com Trisha. Por muito que lhe custasse, por muito que o seu coração doesse ao fazer aquilo, ele havia mentido, ele havia mentido a Débora para simplesmente se puder encontrar com Geneva.
Logo após almoçarem, quando Zayn fora ao quarto de Débora ver o seu telemóvel, tinha recebido uma mensagem de Geneva que lhe perguntava se se podiam encontrar o mais depressa possível. Ao que parecia na mensagem, ela estava com pressa, estava triste e precisava de alguém para falar. Zayn depressa inventou uma desculpa na sua cabeça para dar a Débora, pois sabia que ela não ia gostar de saber que ele iria de certa forma abandoná-la ali para estar com uma pessoa que conhecia há pouco mais de vinte e quatro horas.
Assim que chegou ao local combinado Zayn encontrou Geneva sentada num banco com um ar abatido. Depressa lhe perguntou o que se passava e ela explicou-lhe que os seus pais se iam divorciar e que não sabia como iria ser a sua vida. Os dois ficaram a falar a tarde quase inteira e Zayn conseguiu sem qualquer dificuldade animá-la.
Agora encontrava-se animadíssimo para aquela noite. Já tinha saudades de sair, de ir até um bar ou a uma discoteca e divertir-se. Não que as suas noites a ver filmes e a fazer parvoíces com Débora não o agradassem, muito pelo contrário, ele amava, mas já sentia falta de uma bela noite de farra.
Tomou um duche rápido, vestiu-se e desceu para tomar o pequeno-almoço. Assim que chegou à cozinha, Zayn encontrou Patricia.
- Bom dia Alegria! – gritou entusiasmado depositando um beijo na face esquerda da sua irmã gémea. Patricia não lhe respondeu – Que se passa?
- Que se passa perguntou eu! Posso saber porque é que mentiste à tua melhor amiga? – perguntou seriamente chateada.
- Hã? Oh meu deus…ela sabe que eu lhe menti? – perguntou assustado.
- Não! Mas devia de ficar a saber. Porque é que lhe mentiste?
- Porque…porque tinha medo que ela ficasse chateada por trocar uma tarde com ela por uma tarde com uma pessoa que tinha conhecido há vinte e quatro horas.
- E teria toda a razão, mas mentir-lhe foi pior ainda.
- Eu sei, mas…
- Mas, mas nada!
- Mas se ela não sabe que eu lhe menti, como é que tu sabes?
- Porque estive a falar com ela ontem de noite e ela tinha-me perguntado se tu já tinhas voltado do supermercado. – disse dando enfase na ultima palavra.
- Pois…
- Pois, para a próxima pensa melhor antes de fazeres as coisas.
- Também, que grande filme, foi só uma mentirinha.
- Tu lá sabes…É  bom que hoje à noite não deixes a Débora de lado para estares com essa tal de Geneva.
- Sabes perfeitamente que eu não sou assim! – afirmou claramente ofendido.
- Ai não? Olha que não é o que as tuas atitudes têm mostrado ultimamente. – respondeu, agarrou na sandes que tinha no prato e saiu.
Zayn ficou confuso enquanto ainda a olhava estático. Realmente, as raparigas eram complicadas.
O resto do dia passou a correr, obviamente que para felicidade do Zayn, pois por Débora, aquela noite podia não chegar nunca.
Ele encontrava-se mais do que pronto e entusiasmado. Entrou no carro com as suas irmãs e a sua mãe arrancou em direcção à casa de Débora.
Débora, como era de esperar, não estava nem um pouco entusiasmada com aquela saída. Não lhe agradavam discotecas e muito menos discotecas que incluíssem Geneva e ainda menos lhe agradava o facto de Zayn estar a ficar cada vez mais intimo da rapariga que em cinco minutos a pisara com tantas palavras maldosas, pura e simplesmente por ela ter excesso de peso.
Ouviu a buzina que já tão bem conhecia do lado de fora, suspirou, respirou fundo, despediu-se da mãe e do irmão e saiu em direcção ao carro dos Malik. Entrou no carro, cumprimentou todos com um “Boa noite” pouco animado e  um pequeno aceno e Trisha arrancou.
Assim que chegaram ao local, os quatro, Zayn, Débora, Patricia e Doniya despediram-se de Trisha e saíram do carro.
Á porta da discoteca, já se encontrava Geneva e um grupo de amigos. Assim que a viu, Zayn correu e abraçou-a. Débora sentiu como se tivesse acabado de levar com um tiro fatal no peito, um tiro que punha fim à sua vida ali mesmo. Patrícia tivera que agarrar no seu braço para que ela não cai-se para trás. Débora não conseguia, não conseguia perceber o porquê do Zayn se ter dado tão bem com ela, o porquê dele não conseguir ver que ela era falsa, que era má pessoa.
Logo após quebrarem o abraço, Zayn virou-se para Débora e para as irmãs e fez-lhes sinal para que elas entrassem na discoteca sendo seguidas por eles.
Aquela noite iria com toda a certeza, ser uma noite longa, uma noite demasiado longa para Débora.