Assim
que chegaram a casa de Zayn, este colocou o cachorro no chão que logo em
seguida percorreu a casa contente.
-
OH MEU DEUS! – um berro da pôde ser ouvida da cozinha – ZAYN!
-
É impressionante como já sabem que sou eu. – Zayn afirmou rindo sendo
acompanhado por Débora.
-
Claro, és só tu que fazes asneiras. – Débora disse rindo.
Os
dois seguiram para a cozinha e assim que entraram na divisão, depararam-se com
Trisha agachada a dar mimos ao animal. Era impossível não o adorar, era uma
criatura tão amável e meiga.
-
Podemos ficar com ele mãe? – Zayn perguntou fazendo olhar de cãozinho abandonado.
-
Mas…- Trisha tentou inventar um pretexto para não lhe fazer todas as vontades,
mas era impossível dizer não a um pedido daquelas – Aposto que o teu pai não
vai gostar da ideia.
-
Porque não? Ele gosta de animais e para além do mais, ele praticamente não pára
em casa.
-
Só tu Zayn! – ela afirmou tentando parecer séria, mas era impossível quando se
tinha um animal fofo a tentar trepar pelas suas pernas – Já lhe arranjas-te um
nome?
-
Ainda não tinha pensado nisso.
-
Então pensa depressa, pois convém levá-lo ao veterinário para tratar das
vacinas e tudo isso.
-
És a maior mãe! – gritou contente e abraçou-a – Debs…baptiza-o.
-
Eu? – Débora perguntou confusa – Porquê eu?
-
Porque eu estou a pedir e porque de certa forma ele também é teu. Ele
escolheu-nos para sermos o dono dele.
Débora
sentiu-se feliz ao ouvir tal afirmação, muito feliz.
-
Hum…eu diria…Boris! – Afirmou de repente.
-
Boris? Parece-me bem, muito bem! Que achas mãe? – Zayn perguntou.
-
A mim parece-me perfeito.
-
Está decidido. Boris – Zayn pegou no cão e fez-lhe uma festa – Sê bem-vindo à
família!
Os
três continuaram ali na cozinha durante alguns minutos a acarinhar o cão, o
novo membro da família.
-
Bem mãe, nós vamos continuar a dar o nosso passeio. Não devemos de vir almoçar.
Vou aproveitar para comprar algumas coisas para o nosso novo membro da família.
– Zayn informou – E Já agora, dá-lhe algo para comer, ele parecia faminto.
Trisha
abanou a cabeça afirmativamente. Zayn e Débora despediram-se dela e do animal e
voltaram a sair.
Mais
uma vez, não tinham um lugar especifico para ir. A hora do almoço estava perto
e por isso, decidiram que assim que tivessem fome e passassem por algum local
acolhedor, parariam.
Andaram
pelo menos uns quinze minutos até que encontraram alguém que não esperavam encontrar.
-
Geneva? Por aqui? – Zayn perguntou surpreso cumprimentando a rapariga. Débora
sentiu um enorme nó no estômago.
-
Zayn! Oh meu deus, que surpresa. – afirmou sorrindo e olhando para Débora com
desdém – Olá Débora.
Débora
não lhe respondeu, em vez disso ela simplesmente fingiu que não ouvira e tentou
ignorar a conversa deles.
-
Que andas a fazer por aqui sozinha? – Zayn perguntou curioso.
-
Nada sinceramente. Estava por casa sem nada para fazer e decidi vir dar uma
volta, já que houve alguém que decidiu não aceitar o meu convite porque tinha
outros planos. – brincou e Zayn riu.
Débora
percebera o que ela quis dizer e sorriu interiormente por se aperceber que Zayn
recusara um convite de Geneva para poder estar com ela.
-
Então e vocês, que andam a fazer?
-
Bem, nós andamos a passear e agora estávamos a pensar ir almoçar, ainda não
sabemos bem onde. – Zayn respondeu sorridente.
-
Sério? Eu também ia agora almoçar. Estava a pensar ir ali ou ao McDonalds ou
então ao Burger King, porque não vêm comigo? – Geneve perguntou sorridente e
olhando directamente para Débora.
Ela
percebera perfeitamente o que Geneva quisera insinuar com aquela questão.
-
Não é preciso, muito obrigada. Nós vamos comer a um sítio mais saudável. –
Débora manifestou-se pela primeira vez.
-
Então Debs? Não é preciso seres assim. – Zayn repreendeu-a pelo modo como ela
tinha falado.
-
Não tem problema Zayn, fica para a próxima. – Geneva falou fazendo-se de santa.
-
Não, ora essa. Nós vamos contigo sim, uma vez não são vezes. – Ele afirmou
fazendo Geneva sorrir de vitória e fazendo Débora soltar um suspiro de
irritação.
Contra
vontade de Débora, os três seguiram caminho para o McDonalds que se encontrava
a apenas poucos passos dali.
O
local estava praticamente cheio, ainda assim eles conseguiram uma pequena mesa
junto ao balcão de atendimento.
-
Vão vocês pedir, que eu fico a guardar o lugar. – Débora afirmou.
-
Então e tu, não pedes? – Zayn perguntou-lhe.
-
Eu peço depois. – Ela respondeu e assim Zayn e Geneva foram fazer os seus
pedidos.
Para
Débora, o dia havia começado da melhor maneira, não tinha duvidas disso, mas
agora, agora que Geneva, a pessoa que ela tinha a certeza que ODIAVA com todas
as suas forças aparecera, o seu dia acabava de se tornar num lixo.
Cinco
minutos, foi o tempo que Zayn e Geneva demoraram para voltar para perto de
Débora e com os seus pedidos.
- Tua
vez de pedir o comer. – Zayn afirmou e em seguida beijou a sua testa.
Débora
levantou-se e foi até ao balcão. A sua vontade de comer era mínima e o seu
estomago doía só de pensar em comida. Queria chorar, queria gritar que não iria
comer. Infelizmente, ela não poderia fazer isso, não na frente de Zayn. Ela
saberia que se se recusasse a comer que ele iria massacrá-la para todo o
sempre. Pediu algo leve, uma simples salada e uma garrafa de água. Após ter o
seu pedido em mãos, voltou para perto deles.
-
Só vais comer isso? – Geneva perguntou-lhe olhando a sua comida – Isso não é
quase nada, deverias de comer mais.
Débora
sabia e muito bem o joguinho que Geneva estava a tentar fazer.
-
A Geneva tem razão Debs, só comes isso? – Zayn perguntou-lhe.
-
Sim, algum problema? –Débora perguntou irritada.
-
O que é que se passa? Porque é que estás a falar assim? – Zayn perguntou-lhe
incrédulo.
-
Não se passa nada.
-
Ela não gostou que eu tenha vindo almoçar com vocês. – Geneva afirmou –
Desculpem, se calhar é melhor eu ir-me embora. – fez-se de vitima.
-
Não! Nem pensar nisso Geneva! Débora fazes o favor de deixar de ser criança? A
Geneva não te fez mal nenhum! – Zayn falou visivelmente chateado.
-
Mas eu por acaso disse alguma coisa? Ela é que está ai a dizer coisas. –
Afirmou sem paciência e levou o ultimo pedaço de salada à boca – Se me dão
licença, vou à casa de banho! – disse com um visível tom de irritação e saiu em
direcção ao WC.
Assim
que chegou ao quarto de banho, Débora debruçou-se sob os lavabos e olhou-se ao
espelho. Achava-se cada vez mais gorda, cada vez mais feia fisicamente, cada
vez mais suja. Sentia que alguém, alguma vez fosse incapaz de a amar da maneira
que ela amava Zayn. Um nó gigantesco formou-se no seu estomago dando-lhe uma
imensa vontade de deitar tudo o que comera cá para fora. Sem pensar duas vezes,
a jovem correu para um dos compartimentos sanitários, fechou a porta e
ajoelhou-se junto à sanita.