expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

28º Capítulo



Já dentro da discoteca, enquanto Patricia e Débora se encontravam sentadas em frente ao balcão e Doniya tinha ido à casa de banho, Zayn dançava animadamente com Geneva.
Patricia lembrou-se da conversa que havia tido com ele naquela manhã e ao que parecera, ele próprio esquecera-se daquilo que havia dito.
Débora estava a sofrer tanto, o seu coração doía imenso, doía e ficava mais apertado a cada segundo que passava, a cada segunda que ela olhava para a frente e via aquela imagem, a imagem daquele que ela amava a dançar animadamente com aquela que a deitara a baixo sem pensar duas vezes e sem sequer a conhecer.
Há pouco mais de uma hora dentro da discoteca e Débora já estava mais do que farta, mais do que farta de vê-los ali, assim tão amigos, tão cúmplices, tão próximos.
- É uma vodka por favor! – pediu apressada virando a cadeira para o barman.
- Débora? – Patricia olhou-a surpreendida, pois Débora não era pessoa de beber fosse o que fosse que conte-se álcool.
- Que foi?
- Tu não bebes…
- Hoje bebo! – disse e em seguida agarrou no copo que o barman acabava de colocar à sua frente.
- Tens a certeza? – perguntou ainda olhando-a surpreendida.
- Absoluta! – afirmou e em seguida levou o copo à boca, bebendo o liquido todo de seguida. Após engolir arrepiou-se e fez uma careta – É mais um por favor! – pediu ao barman levantando o copo.
- O quê?! Estás maluca?
- O que foi? Eu vim aqui para me divertir e é isso que estou a fazer.
- Não, não é Débora.
- Por amor de deus, é só o segundo.
- O segundo para quem nunca bebeu nada disto!
- Há sempre uma primeira vez para tudo.
- Tu só estás a fazer isto para te distraíres deles e não pensares naquele que sentes por o meu irmão ou sequer pensares sobre teres que te ir embora.
Débora não respondeu, simplesmente agarrou no copo que o barman acabara de pousar e levou-o à boca fazendo exactamente o mesmo que anteriormente.
- Eu adoro-te e percebo que estejas a sofrer, mas beberes não é de todo o melhor remédio.
- Eu é que sei o que é o melhor remédio para mim ou não. – respondeu encolhendo os ombros e pedindo outra vodka em seguida.
Patricia olhou-a incrédula, levantou-se e afastou-se não acreditando no que acabara de ouvir.
Débora já estava a ficar alterada, pois já tinha bebido cinco copos de vodka quando se tentou levantar e sentiu o seu corpo quase perder as forças. Já não estava propriamente sóbria, mas ainda assim sabia que o que acabara de fazer era errado. Mas, que poderia ela mais fazer? Ficar ali sentada, a olhá-los até se cansarem de dançar e de se divertir e irem embora? Estava claro que não, pois se ela fizesse isso, o seu coração seria capaz de parar ali mesmo.
Com muito esforço, levantou-se e cambaleou até à casa de banho, abriu a porta e para seu contentamento, o compartimento encontrava-se vazio, mas provavelmente não por muito tempo.
Dirigiu-se até aos lavabos e olhou-se ao espelho. Estava péssima, a cara toda vermelha e cheia de calor. Para piorar a situação, uma enorme vontade de chorar apoderou-se dela. Odiou-se, odiou-se por sempre se sentir tão fraca, por sempre ter vontade de chorar por tudo e às vezes por nada. Abriu a torneira do lavatório, pôs as mãos em concha debaixo de água e levo-as à cara, na espectativa de se sentir mais sóbria. Foi em vão, pois a água não surgira efeito nenhum para além de refrescar a sua cara que há segundos se encontrava a ferver.
Ouviu a porta a abrir-se e tal não foi o seu espanto quando viu Geneva a entrar de rompante.
- Olá querida, estás bem? – perguntou-lhe Geneva forçando um sorriso.
- Escusas de te fazer de falsa para mim, porque eu sei muito bem como és! – Débora disse tentado parecer o mais sóbria possível.
- Apanhaste-me! – confessou aproximando-se dela – Gorda, é bom que saibas que vais ter que me aturar pelo resto da noite e da tua vida! Pois o Zayn, vai ser meu!
- Tu não o mereces. – Débora disse simplesmente, tentando com que as palavras de Geneva não entrassem tão erosivas na sua cabeça.
- Ai não? Então diz-me lá, quem é que o merece? Tu, uma gorda feia e afronta ao ser humano? – gargalhou – Deixa-me rir.
Débora teve vontade de espancá-la ali mesmo, mas infelizmente as poucas forças que tinha não a permitiram fazê-lo, não lhe permitiram fazer nada mais do que chorar, tudo aquilo que ela sempre fazia  e tudo aquilo que ela sempre odiava não puder controlar.
- Bem me parecia que não. Chora para aí e vive a tua “bebedeira”, enquanto EU me vou divertir com o Zayn. – Geneva afirmou rindo e saindo em seguida.
Débora não podia acreditar que houvesse gente tão má e sem escrúpulos na terra, não podia mesmo. Devido ao exagerado consumo de álcool, o choro parou-lhe subitamente, dando lugar a uma enorme gargalhada, não uma gargalhada forçada, mas uma gargalhada bem dada, com vontade, vontade essa que Débora nem se deu conta de onde vinha, ela só sabia que lhe apetecia rir. E riu, riu sozinha até cair sentada no chão e deixar que novas lágrimas invadissem o seu rosto novamente.
Enquanto isso, Zayn encontrava-se sentado em frente ao bar a beber algo para matar a sede.
Estava a divertir-se imenso com Geneva naquela noite, ela animava-o, fazia-o rir e sentir-se bem, mas ainda assim, ela não era Débora, a sua melhor amiga, aquela que ele realmente amava. Ao pensar em Débora, lembrou-se de repente que  ainda não tinha estado praticamente tempo nenhum com ela naquela noite e odiou-se por isso, odiou-se por tê-la posto de parte.
A verdade, era que só conhecia Geneva há pouco mais de quarenta e oito horas, mas estava a gostar imenso de conhecê-la e de estar com ela. Era divertida, simpática e muito bonita, de certa forma ele sentia-se atraído por ela, mas depois, no seu pensamento, o nome Débora e a imagem dela vinham ao de cima.

“Were the best of friends
And we share our secrets
She knows everything that is on my mind
Lately somethings changed
As I lie awake in my bed
A voice here inside my head
Softly says”

A música “Why don’t you kiss her” de Jesse McCartney começou a tocar no telemóvel de uma rapariga que se encontrava sentada ao seu lado e fê-lo despertar dos seus pensamentos para o levar exactamente para outros.

“Why don't you kiss her
Why don't you tell her
Why don't you let her see
The feelings that you hide
She'll never know
If you never show
The way you feel inside”

Zayn riu, riu de tanto irónico que era daquela música estar a tocar precisamente naquele momento, naquele momento em que ele estava a ter aqueles pensamentos e riu ainda mais, de tão irónico que era da letra da música se adequar exactamente à situação, à sua situação, aos seus sentimentos, à sua história, à história dele e de Débora.
O toque de uma mão no seu ombro, fê-lo despertar do seu transe.
- Voltei. – Geneva afirmou sorrindo sentando-se ao seu lado.
- Hey! Então, estás a divertir-te? – Zayn perguntou-lhe sorrindo.
- Estou pois, ainda para mais contigo aqui. E, muito obrigada por ontem, precisava realmente de alguém com quem desabafar.
- Não agradeças, afinal de contas, somos amigos não é? E os amigos servem para isso. – afirmou e logo em seguida Geneva abraçou-o.
- Não me importava de ser algo mais. – Geneva sussurrou ao seu ouvido fazendo-o arrepiar por completo.
Aos poucos, quebraram o abraço e quando as suas faces se tocaram, Zayn num impulso, agarrou no rosto dela com as suas mãos e beijou-a, beijou-a sem pensar.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

27º Capítulo



Um novo dia começava agora e Zayn já se encontrava a pé, mais do que acordado e super entusiasmado para a noite que o esperava.
No dia anterior após ter saído da casa de Débora, Zayn não havia mesmo ido ao supermercado com Trisha. Por muito que lhe custasse, por muito que o seu coração doesse ao fazer aquilo, ele havia mentido, ele havia mentido a Débora para simplesmente se puder encontrar com Geneva.
Logo após almoçarem, quando Zayn fora ao quarto de Débora ver o seu telemóvel, tinha recebido uma mensagem de Geneva que lhe perguntava se se podiam encontrar o mais depressa possível. Ao que parecia na mensagem, ela estava com pressa, estava triste e precisava de alguém para falar. Zayn depressa inventou uma desculpa na sua cabeça para dar a Débora, pois sabia que ela não ia gostar de saber que ele iria de certa forma abandoná-la ali para estar com uma pessoa que conhecia há pouco mais de vinte e quatro horas.
Assim que chegou ao local combinado Zayn encontrou Geneva sentada num banco com um ar abatido. Depressa lhe perguntou o que se passava e ela explicou-lhe que os seus pais se iam divorciar e que não sabia como iria ser a sua vida. Os dois ficaram a falar a tarde quase inteira e Zayn conseguiu sem qualquer dificuldade animá-la.
Agora encontrava-se animadíssimo para aquela noite. Já tinha saudades de sair, de ir até um bar ou a uma discoteca e divertir-se. Não que as suas noites a ver filmes e a fazer parvoíces com Débora não o agradassem, muito pelo contrário, ele amava, mas já sentia falta de uma bela noite de farra.
Tomou um duche rápido, vestiu-se e desceu para tomar o pequeno-almoço. Assim que chegou à cozinha, Zayn encontrou Patricia.
- Bom dia Alegria! – gritou entusiasmado depositando um beijo na face esquerda da sua irmã gémea. Patricia não lhe respondeu – Que se passa?
- Que se passa perguntou eu! Posso saber porque é que mentiste à tua melhor amiga? – perguntou seriamente chateada.
- Hã? Oh meu deus…ela sabe que eu lhe menti? – perguntou assustado.
- Não! Mas devia de ficar a saber. Porque é que lhe mentiste?
- Porque…porque tinha medo que ela ficasse chateada por trocar uma tarde com ela por uma tarde com uma pessoa que tinha conhecido há vinte e quatro horas.
- E teria toda a razão, mas mentir-lhe foi pior ainda.
- Eu sei, mas…
- Mas, mas nada!
- Mas se ela não sabe que eu lhe menti, como é que tu sabes?
- Porque estive a falar com ela ontem de noite e ela tinha-me perguntado se tu já tinhas voltado do supermercado. – disse dando enfase na ultima palavra.
- Pois…
- Pois, para a próxima pensa melhor antes de fazeres as coisas.
- Também, que grande filme, foi só uma mentirinha.
- Tu lá sabes…É  bom que hoje à noite não deixes a Débora de lado para estares com essa tal de Geneva.
- Sabes perfeitamente que eu não sou assim! – afirmou claramente ofendido.
- Ai não? Olha que não é o que as tuas atitudes têm mostrado ultimamente. – respondeu, agarrou na sandes que tinha no prato e saiu.
Zayn ficou confuso enquanto ainda a olhava estático. Realmente, as raparigas eram complicadas.
O resto do dia passou a correr, obviamente que para felicidade do Zayn, pois por Débora, aquela noite podia não chegar nunca.
Ele encontrava-se mais do que pronto e entusiasmado. Entrou no carro com as suas irmãs e a sua mãe arrancou em direcção à casa de Débora.
Débora, como era de esperar, não estava nem um pouco entusiasmada com aquela saída. Não lhe agradavam discotecas e muito menos discotecas que incluíssem Geneva e ainda menos lhe agradava o facto de Zayn estar a ficar cada vez mais intimo da rapariga que em cinco minutos a pisara com tantas palavras maldosas, pura e simplesmente por ela ter excesso de peso.
Ouviu a buzina que já tão bem conhecia do lado de fora, suspirou, respirou fundo, despediu-se da mãe e do irmão e saiu em direcção ao carro dos Malik. Entrou no carro, cumprimentou todos com um “Boa noite” pouco animado e  um pequeno aceno e Trisha arrancou.
Assim que chegaram ao local, os quatro, Zayn, Débora, Patricia e Doniya despediram-se de Trisha e saíram do carro.
Á porta da discoteca, já se encontrava Geneva e um grupo de amigos. Assim que a viu, Zayn correu e abraçou-a. Débora sentiu como se tivesse acabado de levar com um tiro fatal no peito, um tiro que punha fim à sua vida ali mesmo. Patrícia tivera que agarrar no seu braço para que ela não cai-se para trás. Débora não conseguia, não conseguia perceber o porquê do Zayn se ter dado tão bem com ela, o porquê dele não conseguir ver que ela era falsa, que era má pessoa.
Logo após quebrarem o abraço, Zayn virou-se para Débora e para as irmãs e fez-lhes sinal para que elas entrassem na discoteca sendo seguidas por eles.
Aquela noite iria com toda a certeza, ser uma noite longa, uma noite demasiado longa para Débora.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

26º Capítulo



Na manhã seguinte, Débora acordou com Kevin a dar-lhe pequenos beijos por todo o seu rosto. Que maneira maravilhosa de começar o dia.
- Mana, acorda! – chamou-a.
- Bom dia! – ela pronunciou espreguiçando-se.
- Anda, anda despedir-te do pai, ele vai embora!
Débora levantou-se num ápice. Ela havia adormecido e esquecido completamente que o pai se ia embora. Correu até à sala acompanhada de Kevin.
- Estava a ver que não te vinhas despedir de mim. – Josh afirmou.
- Desculpa pai, deixei-me dormir!
- Não faz mal…Bem, está na minha hora, tenho que me despachar. – Josh afirmou e Alice começou a chorar – Oh mulher não chores! Daqui a menos de dois meses já estamos juntos de novo. – pediu, aproximou-se da esposa e beijou-a.
Débora, ali, naquele momento ao ver aquela cena, sentiu-se feliz por um bocadinho, por um curto espaço de tempo. Sentiu-se feliz por ver os seus pais beijarem-se, por ver que eles se amavam.
Kevin não conseguiu conter-se e começou a chorar agarrado a Débora, fazendo com que ela, por sua vez, começa-se também a chorar. Os quatro deram um enorme e apertado abraço de família.
- Bem, tenho mesmo que ir agora. Não se esqueçam, daqui a menos de dois meses, é para lá estarem comigo. E nada de inventar planos para que tal não aconteça, menina Débora.- Josh avisou-a e Débora não respondeu, deixou-se simplesmente ficar a olhar estática para ele. – Então, até Setembro! – Josh afirmou e saiu pela porta fora.
Assim que Josh saiu, Alice deixou-se cair num pranto, assim como Kevin. Débora tentou pelo menos uma vez na vida ser forte, ser forte por eles, para os poder apoiar e abraçou-os simplesmente, tentando conter as lágrimas que queriam cair.
Passadas algumas horas, Débora encontrava-se a por a mesa para o almoço, quando se lembrou que na noite anterior havia mandado uma mensagem ao Zayn. Depressa correu para o seu quarto, agarrou no telemóvel para verificar se tinha alguma mensagem ou chamada de Zayn, mas nada. Débora achou estranho, pois não era nada normal ele não lhe responder.
Decidiu então ligar-lhe. Tal não foi o seu espanto ao ver que o telemóvel dele se encontrava desligado. Algo de errado se passava, ele nunca tinha o telemóvel desligado, nunca e quando ficava sem bateria carregava-o logo.
O toque da campainha, fez Débora acordar dos seus pensamentos. Saiu do quarto de imediato e foi abrir a porta.
Logo após abrir a porta, Débora atirou-se para os braços da pessoa que se encontrava do lado de fora.
- Que se passa Debs? – Zayn perguntou-lhe apertando-a nos seus braços.
- Estava preocupada contigo! – afirmou.
- Comigo? Porquê?
- Mandei-te mensagem ontem à noite e não respondeste, tentei ligar-te agora mas tens o telemóvel desligado. – respondeu ainda abraçada ele.
- Ah, desculpa. Fiquei sem bateria enquanto falava com a Geneva ao telemóvel. – respondeu e de imediato quebrou o abraço – Por falar nisso, tenho que carregar o telemóvel e mandar-lhe mensagem. – falou apressado, fazendo com que o coração de Débora ficasse cada vez mais pequenino. 
Débora nem sabia o que havia de lhe dizer. Sentia-se cada vez mais pequena, fraca em relação à Geneva. Sentia-se a ser trocada aos poucos. Zayn só a conhecera em vinte quatro horas e já estava a ficar obcecado com ela.
- Debs? Debs? – Zayn chamou-a para que ela acordasse do seu transe.
-Hã?
- Estava a perguntar-te se me podes emprestar o carregador do teu telemóvel.
- Ah…sim, claro. – Débora respondeu tentando esconder a tristeza que sentia ao vê-lo ficar tão amigo daquela rapariga. – Ficas para almoçar?
- Não quero dar trabalho…
- Zayn, por amor de deus, até parece que é a primeira vez. E para além disso, o que é que vieste cá fazer?
- Olha, que pergunta…Vim ver-te como é obvio.
- Então, ficas para almoçar. – Débora afirmou e dirigiu-se para o seu quarto, seguida por Zayn.
Pegou no carregador e entregou-o a Zayn que de imediato pôs o seu dispositivo móvel a carregar.
- Então…hum…O que achaste da Geneva? – Zayn fez-lhe a pior pergunta que alguma vez podia ter feito.
Débora não respondeu de imediato, não tinha como responder, não tinha o que responder. Ou melhor, talvez ela tivesse, talvez ela tivesse que lhe dizer a verdade, tudo aquilo que ele merecia saber, tudo aquilo que Geneva lhe havia dito, mas ela não queria estragar a felicidade daquele que amava, ela não queria estragar o entusiasmo dele.
- Simpática…pareceu-me simpática. Não falei muito com ela. – Débora respondeu simplesmente.
- É, ela é super boa pessoa. – Zayn afirmou com um sorriso sincero e isso magoou-a, mas magoou-a tanto que ela pensou que fosse desabar ali. Ele não sabia o quanto aquilo soava irónico aos ouvidos dela. Ele não conhecia realmente a verdadeira Geneva. Ele estava a ser iludido, iludido por uma cara e um corpo bonito. – Amanhã vai ser divertido.
- Como? – Débora perguntou confusa.
- Amanhã à noite…a festa de comemoração, com a Geneva e mais alguns amigos.
- Ah, sim…Então e tu, vais levar alguns amigos?
- Sim…vou levar-te a ti e ás minhas irmãs, menos a Safaa obviamente. – Débora não conseguiu evitar rir – Aqueles que eu considerava amigos, nunca mais falámos, desde que as férias de verão começaram, por isso…
- Sim, compreendo…
- Então e tu…como estás? Digo, pelo teu pai se ter ido embora.
- Estou a aguentar-me. – respondeu sincera, mas não pelo pai se ter ido embora, e sim por ela própria ter que ir embora dali a menos de dois meses.
Zayn nada disse, apenas a envolveu nos seus braços para um abraço apertado, bem apertado.
Passado algum tempo, Alice foi ao quarto chamar Débora para almoçar e cumprimentou Zayn. Débora avisou-a que Zayn também almoçaria com eles e ela dissera que não havia problema, então dirigiram-se os três para a sala de jantar, onde Kevin já se encontrava.
O almoço não foi passado em silêncio, muito pelo contrário, foi passado repleto de perguntas, perguntas dirigidas a Zayn por parte de Kevin e Alice. Queriam saber como fora a experiência de ir ás audições, como fora a experiência de passar. Os três encontravam-se animados a conversar, à excepção de Débora. Débora estava distante, não fisicamente, mas a sua mente estava sem dúvida noutro lugar, como sempre estava.
Logo após o almoço, Zayn fora buscar o seu telemóvel que se encontrava a carregar no quarto de Débora e fora-se embora logo em seguida, pois tinha que ir com a sua mãe ao supermercado.