Ao chegar junto de Zayn, Débora deparou-se com algo que não
estava à espera. Junto a ele, a conversar animadamente, encontrava-se a
rapariga que há minutos atrás a tinha rebaixado como tudo na casa de banho.
Assim que a avistaram, Zayn sorriu, agarrou na mão de Geneva
e aproximou-se de Débora.
- Hey Debs, esta é a Geneva, uma rapariga super simpática
que conheci há minutos. – Zayn apresentou-as.
- Olá Geneva. – por muito que lhe custasse, por muito que
doe-se, Débora fingiu, fingiu que não a conhecera e deu-lhe um sorriso amarelo.
- Olá Debs. – Geneva cumprimentou sorrindo, mas receando que
Débora contasse o que se passara na casa de banho. Para seu alívio, isso não
aconteceu.
- Débora. – Débora não queria ser rude, não à frente de
Zayn, mas nunca iria permitir que aquele monstro sem coração a trata-se pela
alcunha que Zayn lhe havia dado – O meu nome é Débora.
- Ah ok, Débora. – Geneva sorriu novamente, mas desta vez um
sorriso cínico.
Zayn e a sua família, ficaram confusos com aquele estranho
momento entre as duas jovens, mas nada disseram. Logo em seguida, Zayn e Geneva
voltaram a conversar animadamente enquanto Débora começava a sentir-se perdida,
devastada e acima de tudo humilhada, humilhada porque por mais parvo que
parecesse, sentia que estava a perder o melhor amigo para um monstro.
Tudo bem, ela merecia, afinal de contas ela estava prestes a
abandoná-lo sem sequer o avisar antecipadamente.
Por mais que ela quisesse pensar assim, que merecia, merecia
que ele a magoasse, não conseguia, não podia simplesmente aguentar vê-lo ali, a
falar tão animadamente, a tornar-se tão cúmplice daquela, daquela que a havia
feito chorar por longos minutos, daquela que a havia rebaixado com horríveis
adjectivos.
Ao aperceber-se que Débora não se estava a sentir bem com a
proximidade de Zayn e Geneva, Patricia abraçou-a disfarçadamente.
- És melhor que ela. – Patricia sussurrou-lhe ao ouvido. Mal
sabia ela o quanto estava certa. Para Débora não haviam dúvidas, de que ela
própria, e qualquer outra pessoa ali, conseguia ser melhor que aquele monstro.
Débora só não percebia, como é que Geneva conseguia ser tão
falsa ao ponto de estar ali aos sorrisinhos e a fazer-se de simpática.
Já Zayn, sentia-se completamente relaxado ali, a falar com
Geneva, a descobrir aquela maravilhosa pessoa, ou, a maravilhosa pessoa que ele
pensava que ela era.
Se Zayn soubesse, fizesse sequer a pequena ideia do que se
havia passado na casa de banho, nunca teria falado com Geneva, nunca lhe teria
dirigido a palavra. Infelizmente, ele não sabia e do que dependesse de Débora
nunca iria saber. Não que a Débora não quisesse aquela víbora longe dele, mas
simplesmente porque estava farta de vê-lo a defendê-la, estava farta de sentir
que ele tinha pena dela, estava farta de que todos a tratassem como a
coitadinha que é gozada por todos por culpa do seu peso.
Pouco tempo depois, apareceu finalmente o homem com os
números de participantes e entregou um a Zayn e outro a Geneva. Para sorte de
Débora, a pessoa que estava atrás deles na fila, reclamou que Geneva havia
passado à frente e que já lá se encontrava antes dela. O homem obrigou então
Geneva a ir para o final da fila.
- Bem, parece que é a minha deixa. – Geneva afirmou fazendo
cara de desagradada.
- Deixa lá, vemo-nos por ai. – Zayn disse-lhe e sorriu
fraco. Ele havia mesmo gostado de a conhecer.
- Espera, dá cá o teu telemóvel. – Geneva pediu-lhe. Zayn
olhou-a confuso mas logo em seguida entregou-lhe o telemóvel – Pronto, aqui
tens o meu número. Depois manda-me mensagem a contar como correu a tua audição
e eu conto-te a minha. – ela afirmou após digitar o seu número de telefone no
dispositivo móvel de Zayn. Este assentiu com a cabeça, pegou no seu telemóvel e
Geneva foi para o final da fila.
- Então Zayn, parece que acabaste de fazer uma nova amizade.
– Trisha afirmou sorrindo.
- É mãe, parece que sim. Gostei imenso dela, pareceu-me
super simpática. – Zayn afirmou sorrindo abertamente. Mal ele sabia o quanto
isso soava irónico aos ouvidos de Débora.
Depois daquele momento, mais nenhuma palavra fora proferida
naquele grupo de família. Agora, era apenas esperar que chegasse a vez de Zayn
arrasar.
Duas horas já se haviam passado e Zayn via enumeras pessoas
a sair. Umas com boas caras, caras felizes, contentes, outras que nem por isso.
O nervosismo voltava agora a consumir o todo o seu interior
e Zayn só tinha vontade de deitar o pouco que havia comido, para fora. Olhou de
rompante para Débora que se encontrava bem do seu lado. Os olhos dela
encontravam-se sem brilho a olhar para nenhures. Rapidamente ele baixou o seu
olhar para os lábios dela. Oh deus, aqueles lábios, aqueles lábios que o metiam
doido, aqueles lábios que o faziam consumir-se de desejo de os tocar com os
seus, de os colar num beijo longo e profundo. Na verdade, era mesmo disso que
ele precisava, de um beijo, um beijo dela. Não de um daqueles beijos que eles
davam enquanto amigos, mas sim um daqueles beijos, daqueles verdadeiros beijos.
A sua mão esquerda procurou a mão dela e num gesto
desesperado ele apertou-a, apertou-a como se não houvesse amanhã. Débora
retribuiu o gesto para que ele se sentisse mais confiante, seguro, o que de
facto resultara. Ela olhou para ele, ele olhou para ela e ambos sorriram,
sorriram tão pura e verdadeiramente. Aqueles seriam sem dúvida os sorrisos mais
verdadeiros que alguém alguma vez havia visto.
Patricia que olhou para eles de relance, não pôde evitar
sorrir. Ali, naquele momento, ela não tinha qualquer dúvida do quanto aqueles
dois se amavam e do quanto estavam apaixonados.
Passados uns trinta minutos, o número que Zayn tinha colado
à sua camisola, era agora chamado. O coração dele acelerou tanto, que ele já
não tinha a certeza se ainda batia.
kjgahreigaure, cada vez mais perfeito.
ResponderEliminarposta outro, sim? SIM ♥
Awwwwn Muito obrigada, a sério *o* <3 Em breve postarei outro <3
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